Patrimônio Cultural
A questão do Patrimônio Cultural e da memória social, envolve bens de natureza material e imaterial. Ao longo dos últimos anos tem crescido o interesse por questões complexas como as de natureza imaterial e sua importância em serem preservadas, revelando a sua complexidade e, ao mesmo tempo, fornecendo elementos balizadores para a definição e redefinição de políticas públicas no campo da cultura. Contribuições advindas especialmente da Sociologia, da Antropologia e da História Cultural possibilitaram a compreensão ampliada desse objeto.
É nas cidades que construímos os monumentos da memória, já no mundo grego-romano, os templos, cemitérios e espaços públicos das cidades traziam as inscrições necessárias que garantissem a comemoração e perpetuação da lembrança. Os monumentos são a permanência material das escolhas feitas pelos grupos daquilo que se pretende lembrar e também daquilo que se preferiu esquecer. Portanto além de mostrar os fragmentos do passado, deve existir o entendimento que propicie o reconhecimento e a vinculação com tradições perdidas, mostrando-se como importante recurso na construção da identidade cultural.
Não basta guardar o passado em museus, arquivos, centros de documentação, bibliotecas, etc. é essencial recriá-lo a partir do emaranhado de experiências acumuladas, afinal os lugares, as práticas e fazeres são importantes referências na formação dos indivíduos.
Essas ações tem despertado através de ações que buscam ampliar o sentido da cidadania, em um sentido mais amplo que englobe também o direito á memória, ao saber reconhecer-se.
Visando construir uma política de preservação ao patrimônio cultural em Diadema a prefeitura criou algumas leis ( lei 1346/94 -5164/99 -2009/01) que instituíam o conselho de patrimônio. Esse conselho se reuniu por algum tempo, estando atualmente desarticulado. A retomada desse conselho, a implementação de uma política de preservação aos imóveis de interesse ao patrimônio histórico material e as práticas imateriais são de fundamental importância para a preservação da memória em Diadema.
Diadema surgiu em 1958 como cidade emancipada de São Bernardo do Campo, a partir daí sua população cresceu vertiginosamente, esse processo foi responsável pela construção de um ambiente desagregador, com uma total falta de infra-estrutura, degradação do meio ambiente, falta de serviços urbanos, de moradia, etc. A partir dos anos 80 uma sequência de governos de caráter popular passaram a redirecionar os recursos públicos para áreas antes preteridas e a cidade foi se transformando. Atualmente apontamos a necessidade de desenvolvermos uma política de intervenção pública que procure aperfeiçoar a preservação e recuperação do patrimônio cultural da cidade.
